Aeróbio em jejum?

O treinamento aeróbio em jejum ainda é uma prática considerada muito polêmica, mas utilizada por alguns treinadores com o objetivo de reduzir o percentual de gordura em atletas e no público em geral.

  Sabe-se que a principal fonte de energia para o nosso organismo são os carboidratos. A técnica é baseada na retirada total de carboidratos por um longo período (jejum), o que levaria a maior utilização de ácidos graxos (gordura) para o fornecimento de energia durante o exercício, principalmente aeróbio, de baixa ou moderada intensidade. 

  Contudo, alguns estudos apresentam resultados controversos em relação aos benefícios esperados com essa prática. Autores observaram a redução do percentual de gordura em indivíduos que realizaram exercícios de baixa intensidade em jejum por volta de 20 minutos, 3 vezes por semana. Outros não encontraram qualquer mudança significativa na composição corporal em praticantes da técnica. Uma vez que a a baixa disponibilidade de carbonos advindos da “quebra” dos carboidratos, limita a oxidação de ácido graxos, sustentando a máxima de que para se “queimar gordura” é necessário uma chama de carboidratos. 

Portanto, para adoção dessa técnica como estratégia de emagrecimento se faz necessários alguns cuidados, pois após ficarmos muito tempo sem se alimentar, criamos um ambiente favorável para a utilização de outros nutrientes como fonte de energia que não sejam os carboidratos. Dentre eles a gordura e também as proteínas que em sua maioria acabam sendo retiradas da musculatura, alterando a composição corporal de forma negativa. 

  Concluímos assim que a prática do treinamento aeróbio em jejum é defendida por uns e criticada por outros. O treinamento pode trazer benefícios, principalmente no início de um programa de emagrecimento, onde deve-se buscar adaptações de maior utilização de gordura e sendo ainda sedentário, exercícios em alta intensidade talvez ainda não se encaixe ao programa. Porém há um limite fisiológico para que ocorra uma possível redução do percentual de gordura, principalmente quando se perde massa muscular, além dos riscos de eventos hipoglicêmicos durante o exercício principalmente em indivíduos diabéticos. 

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